Há duas semanas, o pastor Fernando Tambunan foi baleado e levado ás pressas para o hospital. Ele sobreviveu ao ataque, mas os motivos do disparo e os agressores ainda são desconhecidos. O pastor lidera uma igreja no Norte de Sumatra, uma ilha da Indonésia.
No dia 27 de junho, depois de jantar, Fernando estava descansando no terraço de casa quando o ataque aconteceu. Poucos minutos após o disparo, a esposa do pastor o encontrou mancando e dizendo que tinha sido baleado. O líder cristão apertava o peito onde a bala entrou, coberto de sangue, logo foi levado ao hospital e sobreviveu ao ataque.
O chefe do departamento de investigações da polícia, Kompol Cahyadi, afirmou: “Até agora a informação que temos é de que os vizinhos não ouviram o tiro ontem á noite. Quanto á determinar qual tipo e calibre da arma usada, estamos aguardando a avaliação dos legistas após a cirurgia da vítima”. O caso segue sob em investigação.
Suparno, o chefe da polícia, alegou que o pastor Fernando morava na vila há apenas seis meses e por isso não acha que o motivo do disparo foi religioso: “Sim, ele é um pastor, mas está em nossa vila há apenas seis meses”.
O estado clínico do pastor é estável e ele já consegue falar. De acordo com a família do líder cristão, eles não têm conflitos com nenhum vizinho.
Perseguição na Indonésia
A perseguição aos cristãos na Indonésia tem piorado nos últimos anos. Houve três ataques aos cristãos em um intervalo de seis meses entre 2020 e 2021, matando oito cristãos. A sociedade indonésia tem assumido um caráter islâmico mais conservador, colocando ainda mais pressão nos cristãos.
Muitos cristãos ex-muçulmanos experimentam pressão das famílias para voltarem ao islamismo, embora a intensidade da pressão varie de acordo com o lugar e a família do indivíduo. Apenas alguns convertidos enfrentam violência física pela fé cristã. Também há convertidos do hinduísmo em Bali.
Igrejas engajadas em trabalhos evangelísticos correm o risco de ser alvo de grupos extremistas islâmicos. Há certos locais, como Java Ocidental e Aceh, onde grupos extremistas são fortes e exercem uma forte influência na sociedade e na política.
Em algumas regiões, grupos de igrejas enfrentam dificuldade em conseguir permissão para construir igrejas. Mesmo se eles trabalharem para conseguir todos os requisitos legais (incluindo vencer casos judiciais), as autoridades locais muitas vezes os ignoram.
Depois de dois anos sem bombardeios, ataques suicidas ocorreram em uma igreja em Makassar, em março de 2021; felizmente, ninguém foi morto. Entretanto, oito cristãos foram mortos em dois ataques em Sulawesi Central em novembro de 2020 e maio de 2021. O grupo terrorista Mujahideen da Indonésia Oriental — que tem ligação com o Estado Islâmico — é responsável pelos ataques.
O país ocupa o 28º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2022, que classifica os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos no mundo.
A Portas Abertas tem trabalhado por meio de parceiros locais que apoiam os cristãos perseguidos na Indonésia com treinamento de preparação para perseguição e discipulado, distribuição de Bíblias e literatura cristã, projetos de desenvolvimento socioeconômico, ajuda emergencial, assessoria jurídica a cristãos presos injustamente e encontros entre diferentes igrejas.
Ajude a treinar cristãos para a perseguição
A realidade da perseguição não alcança apenas cristãos na Indonésia, mas em todo Sul da Ásia. Muitos cristãos não conhecem seus direitos de liberdade religiosa e assim enfrentam abusos e prisões injustas. Para saber mais sobre a realidade de cristãos perseguidos na Indonésia e Sul da Ásia e como ajudá-los acesse o site da Portas Abertas. Esta campanha permite que cristãos da região sejam treinados e possam enfrentar a perseguição de forma bíblica.
Pedidos de oração:
- Ore pela recuperação física e emocional do pastor Fernando. Que ele encontre paz e consolo em Deus.
- Peça que o Senhor dê discernimento para a polícia durante a investigação do caso, que encontrem e responsabilizem os atiradores.
- Interceda pela proteção, sustento e cura emocional da família do pastor Fernando.
Fonte: Portas Abertas