Rebeka, Debbie e Hasika. Três mulheres de diferentes idades, mas que têm muito em comum. As três são cristãs, enfrentam a perseguição e já foram atacadas por seguirem a Jesus. Além de compartihar a mesma fé em Cristo e a mesma perseguição, elas compartilham a cidadania. Rebeka, Debbie e Hasika são do Sri Lanka.
Há anos,os cristãos cingaleses têm enfrentado a perseguição severa com ataques a igrejas, vilas, comércios e residências. Os cristãos também enfrentam a perseguição de seus vizinhos e da própria famíla. Mas, mesmo assim, o país não configura na Lista Mundial da Perseguição 2022 (LMP), que classifica os 50 países que mais perseguem cristãos no mundo. O Sri Lanka é o 52º país nesta classificação e está presente na LIsta de Países em Observação (LPO)
Como funciona essa classificação?
Todos os anos, a Portas Abertas divulga a Lista Mundial da Perseguição, uma das principais ferramentas para monitorar e medir a dimensão da perseguição aos seguidores de Cristo em todo o mundo. Para isso, um questionário com perguntas sobre as esferas de pressão e violência é feito aos cristãos perseguidos. Países que pontuam entre 81 e 100 são caracterizados como de perseguição extrema; entre 61 e 80, perseguição severa; e 41 a 60, perseguição alta. Na Lista Mundial da Perseguição 2021, o ranking continuou apenas com os níveis de perseguição extrema e severa, ou seja, países que pontuaram acima de 61.
Como a Lista Mundial da Perseguição apresenta apenas os 50 países com pontuação mais alta, vários países que pontuam acima de 41 não aparecem. Entretanto, isso não quer dizer que não há perseguição neles. Eles são classificados na Lista de Países em Observação (LPO) – este ano com 26 países que pontuaram acima de 41.
Em cinco deles (Quênia, Sri Lanka, Comores, Emirados Árabes Unidos e Tanzânia), a perseguição é severa, ou seja, entre 61 e 80 pontos. Os outros 21 apresentam nível alto de perseguição, sendo que nenhum se encaixou na categoria de perseguição variável, com menos de 41 pontos.
O que mudou na Lista de Países em Observação nos últimos anos?
Nos últimos anos, a quantidade de países na LPO apresentou um aumento significativo. Em 2017, apenas sete países integravam a lista e em 2018 o número cresceu para oito. Mas, a partir de 2019 e 2020, o número quase triplicou e 23 países passaram a fazer parte da lista ano passado. Na versão de 2021, 24 países a compõem. Na lista de 2022, outros dois países foram acrescentado. Esse aumento do número de países em observação nos últimos anos evidencia o aumento da perseguição em todo o mundo.
A LPO é, por assim dizer, uma continuação da Lista Mundial da Perseguição. Por isso, a classificação começa com o 51º. Os 26 países que fazem parte da LPO 2022 são: Quênia (51º), Sri Lanka (52º), Comores (53º), Emirados Árabes Unidos (54º), Tanzania (55º), Azerbaijão (56º), Territórios Palestinos (57º), Djibuti (58º), Quirguistão (59º), Bahrein (60º), Nicarágua (61º), Rússia (62º), Chade (63º), Burundi (64º), Venezuela (65º), Angola (66º), Ruanda (67º), Honduras (68º), Uganda (69º), El Salvador (70º), Togo (71º), Gâmbia (72º), Guiné (73º), Sudão do Sul (74º), Costa do Marfim (75º) e Israel (76º).
Comores e Quênia integravam a LMP 2021, mas, este ano, apresentaram uma queda de pontuação e já não ocupam o Top50, entrando na Lista de Países em Observação. Já Emirados Árabes Unidos, Quirguistão, Sudão do Sul e Costa do Marfim mantiveram a mesma pontuação do ano passado e permanecem entre os Países em Observação. As nações com aumento mais significativo na pontuação foram Ruanda e Venezuela, que subiram 8 e 12 pontos respectivamente, em comparação ao ano passado. Além disso, Israel entra pela primeira vez na Lista de Países em Observação.
O que fazer por estes cristãos?
O que se pode ver ao reunir os países com mais de 41 pontos, tanto os da Lista de Observação quanto da Lista Mundial da Perseguição, é que se arriscar pela fé em Jesus é realidade em grande parte do mundo. No total, são mais de 360 milhões de cristãos perseguidos globalmente. Ou seja, na maior parte dos continentes africano e asiático, no Oriente Médio, na Península Arábica e em boa parte da América Latina, os seguidores de Jesus enfrentam desafios ao viver o cristianismo.
A Portas Abertas está presente na maior parte desses países, através de parceiros locais (igrejas, projetos, pastores e líderes cristãos) não apenas observando como a perseguição sistemática atua sobre esses cristãos, mas os ajudando de forma prática, com ajuda socioeconômica, bíblias e livros cristãos, treinamento pós trauma e treinamento de líderes, discipulado, ajuda espiritual, psicológica e jurídica. Acesse o link para saber mais e ajudar os cristãos perseguidos em mais de 70 países. Cristãos como Debbie, Rebeka e Hasika que compartilham da nossa fé, mas não da nossa liberdade.
Fonte: Portas Abertas