SILAS MAGALHÃES | ENTREVISTA

Silas é um jovem artista de trap e R&B que além de cantor, é também compositor e produtor de suas canções, essas cheia de personalidade que fala sobre Cristo e seu amor. O cantor esteve com o Sala Musical contando um pouco da sua trajetória musical e das participações que tiveram em seus lançamentos.

1. Qual balanço você faz da sua carreira desde o momento em que você surgiu para o grande público em 2013, no palco do Raul Gil, até o presente momento?

Eu amadureci muito desde lá, tanto musicalmente como também na postura como artista. Tomar o volante da produção musical foi uma das coisas que mais me trouxeram um senso de responsabilidade, e me fez ganhar um maior autoconhecimento como artista, não sendo mais apenas um cantor, mas sendo um artista 360º, claro, com a ajuda, acima de tudo do Senhor, e depois da minha família e amigos, em especial meus pais, que desde do Raul Gil fizeram das tripas corações pra me ajudar a realizar o meu sonho, e até hoje estão comigo pra tudo.

2. O que o álbum “Estações” representou em sua vida? Diria ser o seu álbum mais maduro?

O “Estações” é meu xodó, porque nasceu primeiro no coração de Deus, e foi me entregue de uma forma muito especial. Eu de fato vivi várias estações na minha vida pessoal e profissional durante a criação do álbum, isso fez com que ele fluísse de uma forma muito natural.
Hoje o “Estações” é meu trabalho com maior repercussão, superando até os mais antigos. Isso foi uma resposta de Deus muito grande pra mim, porque no início do processo de criação eu me sentia muito desanimado por não estar vivendo ainda o que eu tinha sonhado, mas no fim do processo Deus pôs esperança no meu coração, e isso tornou o produto final muito bom e sensível, e eu acho que o motivo do êxito alcançado foi esse, as pessoas se identificaram com as músicas.

3. Chegamos em 2022 com o desenvolvimento do seu novo projeto – o EP “Não Tem Pra Quê Fugir” – e o lançamento de quatro singles: “CHAINZ”, “Fogo”, “Como And Be My Love” e “Chamada Perdida”. O que mais podemos esperar desse trabalho?

Esse trabalho é a continuidade do meu amadurecimento tanto como produtor, cantor e acima de tudo como cristão. Nesse álbum eu procuro trazer uma estética “reletable”, onde o ouvinte vai poder se colocar no lugar de eu lírico da música, e se identificar com as situações, que na maioria das músicas são situações do cotidiano da vida cristã, com uma linguagem que é de fácil entendimento, até porque todos passam. Diferente do “Estações” que era predominantemente R&B, o álbum desse ano tem uma estética Trap, em sua maioria, embora também tenha muito do R&B, que não pode faltar né? rs

4. Você começou cantando black music e hoje segue no trap e R&B. Como foi essa mudança de estilo?

Foi tranquilo, porque desde o programa eu sempre fui bem eclético na escolha das músicas. Quando eu conheci o R&B me apaixonei, e pouco tempo depois o trap, então recebi o direcionamento de Deus de pular de cabeça nos dois estilos, e bom… aqui estamos nós.

5. Além de cantor e compositor, você ainda produz e dirige seus próprios clipes. Como é ser um artista multitarefa e como faz para se manter por dentro das novidades do mercado?

Desde moleque eu gostava muito de pesquisar como eram feitas as músicas, os filmes, videoclipes… Passava horas e horas na frente do computador procurado como era aquele processo. Quando eu comecei a ir aos estúdios gravar minhas músicas eu ficava vidrado no engenheiro de áudio. Como eu já gostava dessa área comecei a estudar e me aprofundar mais no assunto. E aí juntou a fome com a vontade de comer, porque meus pais não tinham dinheiro de pagar estúdios bons e produtores pra mim com frequência, e todo mundo sabe que música de qualidade, em estúdio e com produtores de qualidade no Brasil custa muito caro. Então fui estudar bastante e começar a fazer minhas próprias produções, a partir de 2016. Em 2017 tomei coragem e lancei um música produzida por mim, hoje eu nem escuto mais porque cometi muitos erros, mas não tirei ela do ar, porque é errando que se aprende. E eu errei muito até chegar nos resultados de hoje. E sigo estudando produção musical, edição de vídeo, principalmente na área dos VFX que eu curto muito fazer, e dirigir também.

6. E como faz para equilibrar a vida artística, trabalho, vida na igreja e a vida de casado?

É doideira, mas minha esposa chega junto comigo e pula na bala dos meus projetos, isso ajuda muito. Deus me apresentou com muitos amigos que pegam na minha mão e me ajudam a construir meus trabalhos, como o Rafael Ramos que faz um trabalho de assessoria sensacional. A Ana Clara e a Karen, que hoje estão trabalhando comigo na Sky Records, selo que eu tô abrindo junto com o Lookas, que também colabora muito na minha arte.